Em anos recentes a situação tem ficado quase insuportável.
Não dá mais para ficar escondendo algo que faz parte de mim.
Pode soar politicamente incorreto e suscitar os preconceitos de alguém, mas eu preciso confessar isso publicamente.
Espero que minha família e meus amigos me entendam e me apoiem... Peço que meu pai tente ser compreensível. Não posso mais negar.
Então assumo:
- Eu NÃO sou gay! Eu sou heterossexual. Sou heterossexual e cristã. Pronto, falei! Ufaa...
Nunca pensei em mulheres. Nunca achei desejável o corpo feminino. Nunca tive nenhuma vontade de "experimentar" algo com minhas amigas, nunca senti tesão por alguma mulher.
Cresci numa família comum, pai, mãe e irmão... Minha infância foi jogando bola, correndo, pulando muros, ralando joelho, quebrado coisas, brincava de bonecas, casinha... E eu sempre era a esposa, a mãe, brincava que tinha filhinhos, fazia chá com minhas amigas, tinha fogãozinho de brinquedo...
Na adolescência, no despertar da minha sexualidade, eu fantasiava, sonhava com romances incríveis e impossíveis...Todos com garotos! Achava que estava apaixonada pelo professor estagiário de química, no outro ano o de inglês. Meu pensamento... Sempre hetero... Sonhava com o beijo, abraço de um menino. Nunca me encaixei no padrão homossexual.
Meu mundo é e sempre foi hetero!
Sei que posso enfrentar críticas e preconceitos numa sociedade completamente patrulhada pelo homossexualismo. Mas decidi sair do armário, e não volto atrás. Vão ter que me aceitar, se não aceitam, respeito é obrigação! Afinal direitos iguais certo?
Depois que "entraram" no armário Ray Boltz, Tonéx e Jennifer Knapp, declarando sua homossexualidade, corro o risco de parecer uma puritana dentro da própria igreja, mas espero que meus irmãos por mais crentes liberais que sejam, me entendam e continuem me amando.
Amo a Jesus e pretendo servi-lo assim, com a minha "opção" sexual.
Se você chegou até aqui, no final deste post, te agradeço e peço que me entenda. Saiba que assim como eu, muitos outros heteros estão por aí, pressionados, vivendo um grande dilema, sofrendo o medo do preconceito e do rótulo.
E você meu amigo hetero e reprimido:
- Se joga! Ahazaaaaaa!
- Temos esse direito!
*baseado na ideia da Vanessa Meira*
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