Doçura e firmeza cristã

O mundo esta tão "truculento", que estranhamos a doçura.

Chegamos a desconfiar quando alguém se aproxima com carinho e afeição.

O que será que ela esta querendo?

Ser doce, amável, caridoso e bondoso, são palavras cada vez mais distantes do nosso cotidiano.

Se alguém deve ser exemplo de caridade e bondade, esse alguém é o cristão.

Se alguém deve ser referencial de doçura, esse alguém é a mulher cristã.

Não falo aqui das ações vazias, descabidas, hipócritas, dos rituais vazios e enfadonhos, mas da nossa ação como reflexo da beleza que cada um trás dentro de si. Nossas ações, nossas palavras devem ser reflexo da nossa fé, uma vida reta como reflexo da Salvação que recebemos. Apesar de pecadores a retidão deve ser nosso desejo e compromisso.

E pensando em reflexo, é que nossas atitudes são importantes perante o outro. Agir com caridade, com cordialidade, em acolhida constante é fundamental para mostrar-mos a face amorosa do Nosso Senhor.

Vivemos em dias tão egoístas, que desconfiamos do sorriso, do abraço, logo pensamos em que segundas intenções estão por trás quando alguém nos elogia, nos dá atenção, nos acolhe. Os dias são tão rudes, egoístas e frios que ao nos preocuparmos com o bem estar de alguém, podemos ser taxadas de "aproveitadoras", pois já não se admite mais o amor pelo amor, o bem estar do outro, pelo simples fato do outro estar bem.

Quem sabe para 2013, a gente possa pensar em ser mais educado. A base da boa educação é  fazer o outro se sentir bem. A educação não é algo para si, é algo para fora, é o outro que me importa. Eu quero agir tão bem para que o outro se sinta confortável, se sinta acolhido.

Ser educado passa por olhar o outro. Olhar a vida do outro como jóia preciosa, única, de valor inestimável, criação divina. Enxergar o outro, como legitimo outro, como meu irmão, é questão fundamental quando falamos em educação, caridade, acolhida.

O cristianismo é missionário. Não existe cristianismo sem missão. E eu acredito sim que a missão, se dá também pelo testemunho que damos perante o mundo, com nossas atitudes, com nossas ações. Meu comportamento perante as pessoas também reflete a minha fé. A doçura e delicadeza não é fraqueza, ela é força tremenda.

Sempre é tempo de acolher, sempre é tempo de estar próximo, de ser gentil. Sempre é tempo de abraçar, de ceder o lugar no ônibus, de estender a mão. Sempre é tempo de ouvir, de emprestar o ombro, de ser sigiloso, confiável e honesto. O homem e a mulher cristã são confiáveis, são acolhedores, jamais omissos. São sal e luz do mundo!

Que a cada atitude nossa em 2013, que no trato com aqueles que estão perto ou estão longe.. Frente a frente, por telefone, a distância, possamos agir como sal e luz do mundo. Sempre cientes de que somos pequenos, pecadores, humildes servos, mas chamados à grandeza da Messe do Senhor.

Que Deus nos abençoe.